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Cavaleiro das armas escuras,
Onde vais pelas trevas impuras
Com a espada sangüenta na mão?
Por que brilham teus olhos ardentes
E gemidos nos lábios frementes
Vertem fogo do teu coração?
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Cavaleiro, quem és? o remorso?
Do corcel te debruças no dorso...
E galopas do vale através...
Oh! da estrada acordando aa poeiras
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?
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Onde vais pelas trevas impuras,
Cavaleiro das armas escuras,
Macilento qual morto na tumba?...
Tu escutas... Na longa montanha
Um tropel teu galope acompanha?
E um clamor de vingança retumba?
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Cavaleiro, quem és? _ que mistério,
Quem te força da morte no império
Pela noite assombrada a vagar?
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O Fantasma
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Sou o sonho de tua esperança,
Tua febre que nunca descansas
O delírio que te há de matar!...
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Álvares de Azevedo
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[Foto: Armindo Dias]
11 comentários:
Cavaleiro negro... Apesar do poema sublime.
Prefiro aqueles que ao revés de nos morderem os pés os beijam e acariciam. Gosto do cavaleiro que me sopra sol ao ouvido todas as noites enquanto durmo.
Beijos doces e ternos para alguém assim igual;)
Um bom poema, numa linha bastante dark. Mas bem escrito sem dúvida. Hmmm... será que a esperança pode matar, mesmo que seja apenas um sonho?
Grande Álvares de Azevedo.
Bom ter-te de volta à esta galáxia!! ^^
Beijos e belo fim de semana pra ti!
Um bom poema no estilo noir.
Beijos
Alguém ainda vive aqui?
:***
tens prendinha no 'Fragil Foot?.
até já;)
Não escutas gritar as caveiras
E morder-te o fantasma nos pés?
EEIIII brilhante... Adorei miudo :)
***MUAH***
Quando é que voltas?
Beijooo
Que é feito de ti rapaz????
***MUAH***
E um salve para todos aqueles que não deixaram a poesia ultra romântica morrer!
Morrer por um delírio.
Uma morte sublime, masi ainda sim uma morte.
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