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Os olhos umedecidos contemplavam-na enquanto dormia, seu rosto, a paz de um sono tranqüilo. Por um bom tempo permaneceu assim, a observar, ficaria a noite toda velando seu sono mas tinha necessidade de partir, sua decisão já estava tomada de antemão, e ele sabe que não pode ser de outra forma.
O relógio marca 04h30min. Da porta ele a vê sob a luz branda do abajur, volta e lhe assenta um beijo à fronte para depois sem olhar para trás ganhar a rua.
No frio da madrugada nenhuma alma pelas ruas, o vento cortante crispa-lhe os lábios. Os dedos doem, o coração dói. Talvez por dentro sinta mais frio ainda, um coração que a muito não vê o sol. Devaneios... desalento... desilusão. Ele só quer chegar em casa. É doloroso ser real neste tempo onde não há tempo, sonhar um sonho que não é mais seu.
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O relógio marca 04h30min. Da porta ele a vê sob a luz branda do abajur, volta e lhe assenta um beijo à fronte para depois sem olhar para trás ganhar a rua.
No frio da madrugada nenhuma alma pelas ruas, o vento cortante crispa-lhe os lábios. Os dedos doem, o coração dói. Talvez por dentro sinta mais frio ainda, um coração que a muito não vê o sol. Devaneios... desalento... desilusão. Ele só quer chegar em casa. É doloroso ser real neste tempo onde não há tempo, sonhar um sonho que não é mais seu.
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[Foto: Luís Lobo Henriques]
5 comentários:
Ele que siga voando...
...
pois a casa também está vazia...
enquanto nesse espaço não existir espaço para o amor.
Beijo.
Beijoka :)))
Sam, querido, não te achei no orkut..rs mas mandei um convite para aquele email, certo?
Beijos!
O lugar dele não é mais ali, decerto.
Um belo texto para uma foto de um grande fotógrafo.
A despedida é sempre dolorosa e brutal, mas também é um recomeço!
Quando um sonho parte depois das lágrimas secas...á que abrir o coração e deixar o sonho novamente voar...
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