Nada fica de nada. Nada somos.
Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos
Da irrespirável treva que nos pese
Da humilde terra imposta
Cadáveres adiados que procriam.
.......................................................
.......................................................
Leis feitas, estátuas vistas, odes findas -
Tudo tem cova sua. Se nós, carnes
A que um íntimo sol dá sangue, temos
Poente, por que não elas?
Somos contos contando contos, nada.
.....................................................................
Fernando Pessoa
........................................................................
....................................................................................
[Foto: Rui Bento Alves]
6 comentários:
Grande Fernando Pessoa!!!Sempre com palavras tão sábidas e verdadeiras.
Pessoa é único, fantástico. Um génio... Um ídolo, para mim.
Bonita escolha.
Beijo
O círculo do nada, o vazio que se estabelece sozinho, e nos suga com o poder de um tudo.
Somos contos contando contos, nada
Nada fica de nada, nada somos
O ciclo se fecha.
P.S.: O ar de Ouro Preto me fez muito bem sim, vale a pena uma viagem! ;)
Passeando por aqui e ainda voltarei para ler o resto.
Deixo o endereço do meu blog, no link, e o do flog: www.fotolog.com/alfajorkiwi
Olá Sam! Era para dizer que agora mudei de cantinho. Estou aqui! beijinho *
Somos como o vento...
E nem plavras somos, às vezes...
Beijo
Postar um comentário